22 de fevereiro de 2024

Quando a ultrassonografia é indicada?

Quando a ultrassonografia é indicada

A ultrassonografia é indicada em vários momentos da gestação: inicialmente entre a 8ª e a 12ª semana para confirmar a gravidez e avaliar a vitalidade fetal; entre a 11ª e a 14ª semana para o rastreamento de anomalias cromossômicas; entre a 18ª e a 22ª semana para o exame morfológico detalhado do feto; e no terceiro trimestre, geralmente entre a 28ª e a 32ª semana, para verificar o crescimento fetal, a quantidade de líquido amniótico e a posição do bebê.

A ultrassonografia é uma ferramenta diagnóstica essencial no acompanhamento da gravidez, indicada em várias etapas para assegurar a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Sua primeira indicação ocorre geralmente entre a 8ª e a 12ª semana de gestação, conhecida como ultrassonografia transvaginal ou abdominal precoce. Este exame é crucial para confirmar a gravidez, determinar a idade gestacional com precisão, avaliar a vitalidade fetal e identificar gestações múltiplas.


Entre a 11ª e a 14ª semana, recomenda-se a realização do ultrassom nucal ou translucência nucal, que avalia o risco de anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down, além de outras malformações. Este exame mede a camada de fluido na nuca do feto, sendo um importante marcador de risco para tais condições.


O ultrassom morfológico, realizado entre a 18ª e a 22ª semana de gestação, é outro momento chave. Ele permite uma avaliação detalhada da anatomia fetal, verificando o desenvolvimento dos órgãos e detectando possíveis anomalias estruturais. Este exame é fundamental para o acompanhamento da saúde do feto, além de possibilitar aos pais uma conexão visual com o bebê.


A ultrassonografia no terceiro trimestre, geralmente entre a 28ª e a 32ª semana, é indicada para avaliar o crescimento fetal, a quantidade de líquido amniótico, a localização da placenta e a posição do bebê. Este exame ajuda a identificar complicações que podem requerer atenção médica especializada, como restrição de crescimento intrauterino e pré-eclâmpsia. Em resumo, a ultrassonografia é uma ferramenta indispensável no acompanhamento da gravidez, oferecendo informações vitais para o cuidado pré-natal.

Quais doenças podem ser detectadas pelo ultrassom?

O ultrassom gestacional permite a detecção precoce de diversas condições e doenças fetais. Dentre as principais, estão as malformações congênitas, como defeitos cardíacos, anormalidades no desenvolvimento do cérebro e da medula espinhal, como a espinha bífida, e distúrbios no crescimento e desenvolvimento dos ossos e órgãos internos. Este exame possibilita uma visão detalhada da anatomia fetal, permitindo uma intervenção precoce quando necessário.


Além disso, o ultrassom gestacional é essencial para o rastreamento de síndromes cromossômicas, como a Síndrome de Down. Através da medida da translucência nucal no primeiro trimestre, combinada com exames de sangue materno, é possível estimar o risco de tais condições. Este método não invasivo oferece informações valiosas para o acompanhamento da saúde fetal sem expor a mãe ou o bebê a riscos.


O ultrassom também é fundamental na avaliação da saúde placentária e do cordão umbilical, identificando problemas como insuficiência placentária, pré-eclâmpsia e inserção velamentosa do cordão, que podem afetar o desenvolvimento fetal e o bem-estar durante a gestação. A detecção precoce dessas condições permite o monitoramento e intervenções específicas para garantir a segurança e saúde tanto da mãe quanto do feto.


Por fim, este exame permite monitorar o crescimento e o desenvolvimento fetal ao longo de toda a gestação, identificando casos de restrição de crescimento intrauterino (RCIU) ou macrosomia fetal. A avaliação do volume de líquido amniótico, a posição fetal e a maturidade placentária são aspectos adicionais avaliados pelo ultrassom gestacional, essenciais para o planejamento do parto e para a prevenção de complicações durante a gestação e o nascimento.

Ultrassom faz mal pro bebê?

Não, o ultrassom é considerado um método seguro tanto para a mãe quanto para o bebê, pois não utiliza radiação ionizante, como é o caso dos raios-X. As ondas sonoras emitidas pelo aparelho de ultrassom são de baixa potência e projetadas para serem inofensivas ao tecido humano, minimizando qualquer risco potencial para o desenvolvimento fetal.


Estudos e diretrizes médicas ao longo dos anos têm consistentemente apoiado a segurança do ultrassom gestacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras autoridades de saúde reconhecem o ultrassom como uma ferramenta essencial no acompanhamento pré-natal, dada a sua eficácia em avaliar a saúde e o desenvolvimento do feto, sem evidências de causar danos. É importante, no entanto, que os exames de ultrassom sejam realizados por profissionais qualificados e apenas quando houver indicação médica, seguindo as práticas recomendadas de segurança e eficácia.


Embora o ultrassom seja seguro, a exposição desnecessária ou repetida sem justificativa clínica deve ser evitada. Isso se deve ao princípio da precaução, mantendo a exposição ao mínimo necessário. Os exames são projetados para serem breves e focados em objetivos clínicos específicos, como avaliar o crescimento fetal, a posição do bebê e a saúde da placenta, reduzindo assim qualquer chance mínima de efeito térmico ou mecânico que poderia teoricamente surgir de uma exposição prolongada.


Em conclusão, o ultrassom gestacional é uma ferramenta diagnóstica segura, com um histórico comprovado de eficácia e segurança para uso durante a gravidez. Não há evidências científicas que sugiram que o ultrassom possa prejudicar o bebê quando utilizado conforme as diretrizes médicas. Assim, os benefícios da sua utilização para monitorar a saúde fetal e guiar o acompanhamento pré-natal superam quaisquer preocupações teóricas sobre sua segurança.